segunda-feira, 5 de março de 2012


 Orixá Xangô - Kawó-Kabiesilé


 
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornando-se Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são: o fogo, o Sol, os raios, as tempestades os trovões.
Filho de Yamasse (Torosi) e de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá.
Xangô é viril e justiceiro, castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.
Suas ferramentas são: Oxê (Machado duplo, de dois cortes laterais, esculpidos em madeira ou metal) , Edun Ará (Pedra de raio) e Xerê (Conhecido como chocalho de Xangô).
Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun.

Enquanto Oxóssi é considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades. Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos (Egunguns).
Xangô é Axó Iku (a roupa da morte), por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
Xangô era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela.
O pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um ancestral Egungun. Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação com o Orixá Oxumaré considerado por ele como seu fiel escudeiro.
Xangô é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) qualidades.
Esse é Xangô que, apesar de ser grande guerreiro, justo e conquistador, detesta a doença, a morte e aquilo que já morreu. Xangô é avesso a eguns (espíritos desencarnados). Admite-se que ele é numa espécie de ímã de eguns, daí sua aversão a eles.
Xangô costuma entregar a cabeça de seus filhos a Obaluaê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas.

Características

Saudação: Kawó-Kabiesilé (Saudação é a forma com que os Orixás são reverenciados)
Cores: Vermelho e Branco, ou marrom e branco. 
Dia da Semana: Quarta-Feira
Elementos: Fogo, vulcões, tempestades, Sol, trovões,terremotos, raios. criador do culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas.
Metal: Ouro, cobre e chumbo.
Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras.
Oferendas: Amalá (Quiabo cortado), cágado, carneiro e algumas vezes cabrito.Gosta de Orobô, mas recusa Obi (noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;
Animais associados a Xangô: Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão.

Arquétipo:

Seus filhos são sensuais e agressivos, voluntariosos, qualidade de chefia e ansiosos pela posição de comando. Embora passe uma imagem repressiva, Xangô sempre soube separar o bem do mal. A mentira e a falsidade são coisas que seus filhos não admitem. Mesmo autoritários e dominadores, sabem muito bem separar o certo do errado e adoram curtir prazeres que a vida oferece. Diante de qualquer problema, às vezes chegam a criar inimizades pela maneira franca de dizer tudo o que pensam. Mas mesmo assim, são adorados pela maioria das pessoas.

Fim!

Boa Noite!
Inté.
Valéria





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