sexta-feira, 16 de março de 2012

 
Odoyá Yemanja!


A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Yemanjá é a Rainha das águas salgadas, "considerada como mãe de todos Orixás", regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa das Pérolas, Yemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento.
Yemanjá está presente nos mares e oceanos. É ela quem proporciona boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Yemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é  quem protege a vida no mar.
Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela quem vai reger nossos lares. É Yemanjá que vai dar o sentido de “família” a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.
Yemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Yemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consanguíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de santo, Yemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar, criando raízes e dependências, proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam, proporcionando também o sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos dos relacionamentos dos Babalorixás, ou  Yalorixás com os Omo Orixás (filhos de Santo).
Yemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, a necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido. E estendemos isso, também, às comunidades da Religião.
Yemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da harmonia do lar.
Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Yemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana. Yemanjá é a senhora dos lares, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela cuidará da família.
Daí o título de Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças, aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.
Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu e acolheu como seus filhos do coração Oxumaré e Omulú.

Dia: Sábado
Saudação: Odoyá Yemanjá!
Metal: Prata, Azul claro, Verde água e branco
Cor: Cristal Branco, Cristal verde água
Comida: Ebô de milho branco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, mamão.
Símbolo: Abebé, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.
Arquétipo

Voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm sentido de hierarquia, fazem-se respeitar, são justos e formais. Põem à prova as amizades que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se perdoam, não esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Tem tendência a vida suntuosa, mesmo se as possibilidades não lhes permitem tal falso.

Fim!


Bom dia!
Inté.
Valéria


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